O Futuro Sombrio de Black Ops: Tudo o Que Sabemos Sobre Call of Duty: Black Ops 7

A franquia Call of Duty prepara-se para mais um lançamento monumental. Anunciado durante o Xbox Games Showcase e com data de lançamento marcada para 14 de novembro de 2025, Call of Duty: Black Ops 7 promete ser um dos títulos mais ambiciosos da série. Desenvolvido primariamente pela Treyarch e Raven Software, o jogo busca não apenas continuar a saga Black Ops, mas redefinir elementos que os fãs conhecem e amam. Situado no ano de 2035, o jogo é uma sequência direta dos eventos de Black Ops II e Black Ops 6, mergulhando os jogadores em um futuro próximo onde a guerra psicológica é tão perigosa quanto o combate físico.

Com o slogan “Embrace the Madness” (Abrace a Loucura), Call of Duty: Black Ops 7 prepara o terreno para uma narrativa intensa e mecânicas de jogo inovadoras nos seus três pilares: Campanha, Multiplayer e Zombies. Vamos analisar tudo o que foi revelado até agora.


Uma Campanha Cooperativa e o Retorno de uma Lenda

Talvez a maior inovação de Call of Duty: Black Ops 7 seja sua campanha totalmente focada na experiência cooperativa. Pela primeira vez na série, até quatro jogadores poderão se unir para enfrentar a história. O jogo abandona as configurações de dificuldade tradicionais, optando por um sistema dinâmico que se ajusta com base no número de jogadores na sessão, garantindo que o desafio seja sempre equilibrado.

A história nos coloca novamente no controle de David “Section” Mason, dez anos após os eventos de Black Ops II. Ele lidera uma equipe da JSOC composta por personagens como Mike Harper, Eric Samuels e a nova integrante Leilani “50/50” Tupuola. A trama se complica quando a equipe é exposta a uma arma aterrorizante desenvolvida por uma facção misteriosa chamada “The Guild”, liderada pela CEO Emma Kagan. Esta arma explora os medos internos dos soldados, transformando a campanha em uma jornada que oscila entre o mundo real e as profundezas da psique humana.

A grande surpresa, no entanto, é o retorno do icônico vilão Raul Menendez. Após sua aparente derrota em 2025, sua volta em circunstâncias misteriosas serve como o motor central do conflito, forçando Mason e sua equipe a confrontar demônios do passado e do presente. As missões levarão os jogadores a locais variados, desde os telhados iluminados por neon de Tóquio até a costa do Mediterrâneo e as paisagens geladas do Alasca.

Para aumentar a longevidade, a Treyarch introduziu uma atividade de final de jogo chamada “Endgame”. Trata-se de uma experiência massiva e rejogável para 32 jogadores, ambientada no mapa de Avalon, onde esquadrões devem sobreviver a hordas de inimigos usando as habilidades e equipamentos desbloqueados durante a campanha.


Multiplayer: Evolução do Movimento e Novas Mecânicas

O modo multiplayer, o coração da franquia, chega com 16 mapas 6v6 no lançamento, incluindo três remakes adorados de Black Ops II — Express, Raid e Hijacked — além de dois mapas 20v20 para o novo modo “Skirmish”.

A jogabilidade foi refinada com uma evolução do sistema de Omnimovement. Embora mecânicas como “jetpacks” não retornem, os jogadores agora podem realizar “Wall Jumps” (saltos na parede) para atravessar o mapa rapidamente. No entanto, em uma decisão de design ousada, a Corrida Tática (Tactical Sprint) não está mais disponível por padrão e precisa ser equipada como um perk, assim como a capacidade de mirar enquanto desliza ou mergulha.

Uma nova mecânica chamada “Overclock” permitirá aos jogadores aprimorar seus equipamentos, melhorias de campo e scorestreaks durante a partida, simplesmente usando-os. Por exemplo, uma Granada de Dispersão, após ser “overclockada” algumas vezes, pode ganhar uma granada extra e a capacidade de controlar o tempo de detonação.

Atendendo a pedidos da comunidade, o Weapon Prestige (Prestígio de Armas) retorna para todo o arsenal, e o sistema de Prestígio clássico de Black Ops 6 será mantido. Além disso, uma nova função de compartilhamento permitirá que os jogadores exportem e importem “builds” de armas através de códigos, facilitando a troca de configurações.


Zombies: Mergulho no Éter Escuro

O modo Zombies da Treyarch continua a saga do Éter Escuro, mas desta vez, a experiência é inteiramente ambientada dentro dessa dimensão caótica. A história segue a equipe de Requiem — Grigori Weaver, Elizabeth Grey, Mackenzie Carver e Maya Aguinaldo — que, após os eventos de Black Ops 6, se encontram presos no Éter.

Lá, eles encontram novas versões dos personagens clássicos: Richtofen, Dempsey, Nikolai e Takeo. Não são as versões Primis ou Ultimis, mas sim manifestações de diferentes linhas do tempo, unidas contra um novo antagonista conhecido como a “Grande Voz”.

O mapa de lançamento, “Ashes of the Damned”, é descrito como o maior mapa de Zombies baseado em rodadas já criado. Fortemente inspirado no clássico mapa TranZit de Black Ops II, ele inclui recriações de locais como a Fazenda e o Posto de Energia, conectados por estradas enevoadas. Os jogadores se locomoverão entre as zonas usando o “Wonder Vehicle”, um caminhão aprimorável que pode ser dirigido por qualquer jogador. Além disso, o modo Dead Ops Arcade 4: Papaback In Black também marca seu retorno.


Marketing, Controvérsias e o Lançamento

O marketing de Call of Duty: Black Ops 7 foi agressivo desde o início. Teasers dentro de Warzone mostraram mensagens de Raul Menendez, e eventos no jogo recompensaram os jogadores com itens cosméticos.

No entanto, o ciclo de desenvolvimento não esteve livre de polêmicas. A comunidade reagiu negativamente à decisão da Activision de reverter o plano de “Carry Forward”. Inicialmente, foi prometido que todos os Operadores e armas de Black Ops 6 seriam transferidos para o novo jogo. Mais tarde, a empresa anunciou que apenas Tokens de XP e GobbleGums passariam, para “manter a identidade única de Black Ops 7“. Isso gerou um debate acalorado entre os jogadores sobre o valor de suas compras no jogo anterior.

Outra controvérsia envolveu as skins da “Vault Edition”, que foram criticadas por serem excessivamente irrealistas. Em resposta ao feedback, a Treyarch redesenhou significativamente as skins dos operadores, mostrando uma rara disposição para se adaptar às críticas da comunidade antes mesmo do lançamento.

Com um Open Beta agendado para o início de outubro, os jogadores terão em breve a primeira chance de testar o multiplayer. Call of Duty: Black Ops 7 parece ser um pacote robusto que mistura nostalgia com inovação, mas só o tempo dirá se a Treyarch conseguirá equilibrar todas as suas ambiciosas promessas. Uma coisa é certa: a loucura está para ser abraçada em novembro.